CONSIDERAÇÕES SOBRE
A “FESTA DE SÃO JOÃO”
Originalmente o calendário religioso utilizado pela Igreja era uma
adaptação dos calendários grego e romano, e portanto foi bastante influenciado
por importantes eventos pagãos.
1. AS FESTIVIDADES RELIGIOSAS
A partir da Idade Média, o calendário romano foi definitivamente adotado
(“cristianizado”) passando a ser utilizado por toda igreja ocidental, quando
foram incluídos a celebração das festas dos “santos” e dos “mártires”. Daí
surgiu o atual “calendário dos santos da Igreja católica” (a Igreja Católica
dedica aproximadamente 42 dias no ano a um(a) santo(a)). Vários grupos
protestantes eliminaram completamente o calendário religioso, celebrando apenas
alguns eventos que consideram importantes (ex: Natal).
2. DEFINIÇÃO DE ALGUNS TERMOS
Santo: No Antigo testamento a palavra hebraica mais usada (cerca de 116
vezes) para descrever “santo” é “KADOSH”, que significa “separado”. No Novo
Testamento a palavra grega para “santo” é “ÁGIOS”, que aparece 230 vezes de
Mateus a Apocalipse, e significa “separados pelo Senhor como Sua possessão
peculiar”.
“Vós,
porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva de Deus…” (1 Pedro 2.9)
Na Igreja Primitiva todos os crentes eram chamados de “santos”, mesmo
quando o seu caráter ainda não estava completamente formado (ex: At 9.13, 32;
26.10; Rm. 8.27; 12.13; 15.25,26).
“…segundo
a vontade de Deus é que Ele (Jesus) intercede pelos santos”. (Romanos
8.27)
“Ele
mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas, outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos
santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do Corpo de Cristo”.
(Efésios 4.11,12)
Canonização: Dentro do catolicismo romano este é o nome dado ao decreto que inclui
uma pessoa na categoria dos “santos”, os quais são recomendados à veneração dos
fiéis. A condição para que a pessoa seja “beatificada” é que já tenha falecido
e que pelo menos dois de “seus milagres” tenham sido confirmados. O papa,
então, proclama a canonização.
De acordo com a teologia romanista, os indivíduos canonizados acumularam
um tesouro de méritos, mediante suas vidas “inculpáveis” e a prática de “boas
obras”. Esses méritos em “reserva”, então, podem ser colocados à disposição de
cristãos de menor envergadura, em resposta às orações feitas aos “santos”.
A palavra de Deus declara que existe apenas um Mediador e Intercessor
entre Deus e os homens: Jesus Cristo.
“Porquanto
há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem”. (1
Timóteo 2.5)
“…o
qual está à direita de Deus e também intercede por nós”. (Romanos 8.34)
3. A QUESTÃO DA IDOLATRIA
Idolatria, no grego “EIDOLOLATRIA” significa: “culto aos falsos deuses”
ou “adoração de ídolos”. Esta adoração pode se referir a ídolos ou imagens
propriamente ditas, ou então a tudo aquilo que porventura ocupe o lugar de Deus
no coração do homem. Por que Deus abomina qualquer tipo de idolatria?
- Sl 115.4-7; 1 Co 8.4 – A Bíblia afirma que o ídolo em si é apenas um
pedaço de madeira, pedra, etc., esculpido por mãos humanas, que nenhum poder
tem em si mesmo.
- Êx 20.3-5; Is 42.8 – O nosso Deus não divide a sua Glória com
ninguém.
- Ez 14.3,4 – Note que há ídolos que levantamos em nossos corações (ex:
avareza: Cl 3.5). Precisamos identificá-los e renunciar a sua força em nós.
- Dt 18.9-12; Is 8.19,20 – O ato de comungar com pessoas que já morreram
ou idolatrá-las está ligado à prática do espiritismo, magia negra, leitura de
sorte, feitiçaria, bruxaria, etc. Segundo as escrituras, todas estas práticas
envolvem submissão e culto aos demônios, e são abomináveis ao Senhor.
OBS: a definição da Enciclopédia Britânica (BARSA) para FESTA RELIGIOSA
é: Um dia consagrado à memória ou à comemoração de um evento histórico
religioso.
- Dt 32.17; Sl 106.36; 1 Co 10.20,28 – Por traz de cada ídolo há
demônios que estão agindo, os quais são seres sobrenaturais controlados pelo
Diabo. Noutras palavras, o poder que age por detrás da idolatria é o dos
demônios.
Ex: Alguns “santos” da Igreja Católica e sua correlação com entidades
espíritas:
- Iemanjá x Senhora Aparecida.
- Xangô x São Jerônimo.
- Oxossi x São Sebastião.
- Iorí x Cosme e Damião.
4. A CELEBRAÇÃO DO “DIA DE SÃO JOÃO”
Registros históricos declaram que no século sexto, missionários foram
enviados para o norte da Europa para juntar pagãos ao grupo romano. Eles
descobriram que o dia 24 de junho era muito popular entre esses povos, pois era
quando ocorria o solstício de verão (solstício: época em que o sol afasta-se o
máximo possível da linha do equador). Procuraram, então, cristianizar este dia,
mas como? Por esse tempo o 25 de dezembro havia sido adotado pela igreja
romanista como o natalício de Cristo. Desde que 24 de junho era aproximadamente
seis meses antes de 25 de dezembro, por que não chamar este o natalício de João
Batista? João nasceu, devemos lembrar, seis meses antes de Jesus (Lc. 1:26,36).
Assim sendo, o dia 24 de junho passou a ser conhecido no calendário papal como
sendo o Dia de São João.
Na Bretanha (Inglaterra), antes da entrada do cristianismo, o 24 de
junho era celebrado pelos druidas com fogos de artifícios em honra ao deus
Baal. Quando este dia tornou-se dedicado a São João, os fogos sagrados também
foram adotados e tornaram-se “as fogueiras de São João”!
Ainda hoje o dia 24 de junho é largamente celebrado na Escandinávia, na
Alemanha e na Finlândia com fogueiras pagãs. A história relata que até o século
passado os camponeses da Finlândia praticavam encantamentos mágicos durante o
solstício de verão, a fim de obterem maior fertilidade nos animais.
No Brasil as “festas juninas” são realizadas em todo o país no mês de
junho (daí o nome “juninas”, e culminam no Dia de São João). O principal
momento da festa é a quadrilha, em que vários casais vestidos de caipira
encenam uma cerimônia de casamento (que normalmente não acontece).
CONCLUSÃO:
1. NÃO PODEMOS AGIR COMO IGNORANTES (Ingênuos, imprudentes, néscios) –
Ef 6.2; Ef 5.15; 2 Co 2.11; Ef 4.27
2. SE TEMOS O CONHECIMENTO DE QUE ALGO É CONSAGRADO A ÍDOLOS, DEVEMOS
NOS ABSTER – 1 Co 10.27,28; 2 Co 6.14-17; Ef 5.11
3. TEMOS A RESPONSABILIDADE DE ENSINAR NOSSOS FILHOS A SE POSICIONAREM –
Não podemos transferir para a Igreja a responsabilidade que é nossa – Dt 6.3-9;
Pv 22.6
4. PRECISAMOS FUGIR DE TODA A APARÊNCIA DO MAL – 1 Co 10.23-33; Pv 6.28
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Fonte:
www.orvalho.com